segunda-feira, 10 de outubro de 2011

De ser quimera

Esta dispersão que sou é o que me permite ser. Sonho que sou, que melhor me faço, que sonho serei. Porque fujo. E assim sou.

Serás também? Ou nunca seremos. Ou jamais serei. Ou sonho nos desfaremos. E vida encararemos, perdidos de encontro.

Disperso-me que é pra não me perceber. Sonho sou, sempre sentirei ser, assim deixo sendo, como se só fosse sendo pra mesmo ser. Sendo, sonho; e sendo, sonho sou.

Mas só sou é dispersando-me de ser. Pois atento ao que sou, distancio-me de meu sendo-é-que-sou. Por isso sonho sou e te convido a ser: para que sendo possamos mais que ser ao nos somar ao somos.

Um comentário:

Emanuela Caciatori disse...

Me lembrou os grandes poetas. Tens futuro, viu.