Esta dispersão
que sou é o que me permite ser. Sonho que sou, que melhor me faço, que sonho
serei. Porque fujo. E assim sou.
Serás também?
Ou nunca seremos. Ou jamais serei. Ou sonho nos desfaremos. E vida encararemos,
perdidos de encontro.
Disperso-me
que é pra não me perceber. Sonho sou, sempre sentirei ser, assim deixo sendo,
como se só fosse sendo pra mesmo ser. Sendo, sonho; e sendo, sonho sou.
Mas só sou é
dispersando-me de ser. Pois atento ao que sou, distancio-me de meu
sendo-é-que-sou. Por isso sonho sou e te convido a ser: para que sendo possamos
mais que ser ao nos somar ao somos.
Um comentário:
Me lembrou os grandes poetas. Tens futuro, viu.
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