domingo, 28 de junho de 2015

(am)arte


vejo o simples
pulsante de beleza
vertido em distorcida face
caricatura de ódio e negação
esquecido de sua arte

há neste sutil abraço
de coração exposto
e peito aberto, descoberto,
a contemplação do caminho
da verdade, do amor
e da vida

do outro lado, há tantos olhos
escondidos em sua verdadeira
distorção, e apontam,
em negação e denúncia,
sua própria incompreensão
do que é belo e que pulsa

vêem perdição
naqueles que só se perdem
em e por amor,
são eles que se perdem, porém!
pensam-se amor, mas
caminham com desprezo

eis o apelo:
baixem as guardas!
silencia teus medos!
enfrenta teus desafios!

pois neste sutil abraço,
além do desejo inócuo
de liberdade e respeito,
para além da sua sede
de empatia e compreensão,
manifestam-se sentidos
de amar

ama-te!
cuida-te!
olha-te!

nutrir por si mesmo
o amor mais puro
transforma-o em beleza
revela-o em humanidade
e se mostra em caminho,
em verdade e em vida

amar-te se desnuda em
magnificente arte,
e cria, e transforma
o amor de si no amar
a todos.

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